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As boas práticas e os benefícios para sua gráfica

Thomaz Caspary ( In memoriam )

O descompasso entre o ritmo de produção das fábricas em geral, tanto de bens duráveis como semiduráveis e o varejo têm provocado um aumento de estoques tanto nos fabricantes como também nos distribuidores, seja de automóveis, eletrodomésticos, material de construção e até alimentos. Muitos fabricantes estão promovendo férias coletivas ou cortando totalmente as horas extras. O comércio, mesmo com margens menores, aderiu a promoções mirabolantes. Dificilmente o Brasil vai reconquistar o espaço perdido nas exportações para países que mesmo em clima de recessão, se esforçam para exportar mais. Como sabemos, as dificuldades nos USA para fechar as contas e a frágil situação econômica na Europa, mesmo com o “jeitinho” dado com relação a Grécia, fazem com que nós no Brasil tenhamos que nos cercar de todos os cuidados.

O crescimento e a rentabilidade da Indústria Gráfica no Brasil esbarram em três problemas muito críticos. Em um primeiro momento, a atual situação político-econômica de nosso país que gera insegurança aos nossos empresários gráficos. Temos em segundo lugar, a falta de profissionais gabaritados com conhecimentos tecnológicos, administrativos e até de vendas técnicas em determinados nichos de mercado, o que têm preocupado sobremaneira os donos de nossas gráficas. Em terceiro lugar e de imensa importância, estão as perdas muitas vezes não mensuráveis que sofremos no nosso dia a dia. São cálculos errados, informações falhas ou destorcidas dentro da gráfica, fluxo de trabalho incorreto, compras de baixa qualidade que culminam com alto custo, bem como muitos outros pontos que poderão ser sanados, através da implantação de “Boas Práticas de Fabricação e Gestão” (GM&MP).

Infelizmente, a imensa maioria dos empresários gráficos somente vai procurar uma ajuda quando estiver com problemas evidentes, beirando a insolvência. Nesta situação, muitas vezes o consultor pode fazer bem pouco, uma vez que o gráfico já esgotou as possibilidades de alongamento do perfil do endividamento, uma das primeiras providências a ser tomada numa empresa nesta situação. Um empresário pode sentir a necessidade de contratar serviços de um especialista para aperfeiçoar vários processos internos de trabalho. Outra função consiste no fato de você, amigo gráfico, poder receber uma orientação especializada sobre pontos que podem interferir no processo administrativo, vendas e produção da empresa, sendo que o consultor pode apresentar detectar problemas, apresentar soluções, identificar pontos a ser melhorados, e ajuda-lo a resolver estes problemas.

No difícil e competitivo mercado gráfico, a qualidade dos produtos deixou de ser uma vantagem competitiva e se tornou requisito fundamental para a comercialização dos impressos. Uma das formas para se atingir um alto padrão de resultados globais é a implantação do Programa de Boas Práticas de Fabricação e Gestão – BPF&G. Composto por um conjunto de princípios e regras para o correto desempenho de todos os setores abrange desde as matérias-primas e compras até o produto final e a pós-venda, passando por pré-venda, venda, custos e formação do preço, normas e procedimentos internos de informação e comunicação, etc. O principal objetivo do programa é garantir a satisfação do cliente e a rentabilidade da gráfica.

O programa de Boas Práticas de Fabricação e Gestão é bastante abrangente e leva em conta a cultura de cada empresa, os sistemas de produção utilizados na gráfica, os nichos de mercado em que a gráfica atua e finalmente é um programa que não depende do tamanho da gráfica, pois pode ser aplicado em micro e pequenas empresas de qualquer área gráfica, inclusive híbridas, serigráficas e digitais (inclusive copiadoras) até empresas de grande porte, onde a nosso ver, seria quase que obrigatória a adoção de Boas Práticas em função dos grandes investimentos e ativos presentes e do Capital de Giro bastante volumoso.

Devo acrescentar que para implantar o sistema, um (ou vários) elementos da própria empresa gráfica, precisam ser orientados e treinados por especialista, recebendo as normas e procedimentos de cada área. O especialista faz um acompanhamento e aconselhamento aos multiplicadores após implantação, a fim de corrigir eventuais desvios ou progressos nas técnicas e os gráficos estão sempre em contato com o especialista para tirar dúvidas.

Entre os principais itens normalmente abordados, podemos encontrar:

• Visão global da empresa e finalidade da implantação do programa.
• Conhecimento dos sistemas técnicos existentes na gráfica.
• Normas e Procedimentos de Informação e Comunicação.
• Tipos de impresso possíveis de produção ou terceirização.
• Treinamento Técnico de Vendedores.
• Conhecimento do Mercado e dos Clientes através de ferramentas CRM.
• Inovações tecnológicas no Ramo Gráfico.
• Concorrência e metodologia de trabalho.
• Parceria de Serviços.
• Custos e Formação de Preços.
• Planejamento e Controle da Produção
• Normas e Procedimentos na Produção.
• Controles de Produção e Normas de redução de Desperdícios.
• Análises de Horas Improdutivas em todos os setores produtivos ou não.
• Definição de Normas para liderança. Produtividade Global.
• Normas e Procedimentos em Compras e Vendas.
• Orientação em todos os processos da empresa, produtivos ou não.
• Vários outros itens não citados acima (Área de controle financeiro).
• Responsabilidade Social. (Valorização das pessoas)
• Sustentabilidade e Meio Ambiente.
• Treinando a Visão individual de Futuro.

Penso que a grande maioria dos empresários não tem o hábito de contratar estes serviços porque acha que consultoria é pra dizer o que ele já sabe. Entretanto, a maioria que contrata sabe que a visão de um consultor especialista redireciona e revitaliza a empresa. Ultimamente tenho notado que os processos de uma maneira geral são a causa da grande maioria dos problemas corporativos. Aí o consultor colabora muito para superar estes desafios. A visão externa (imparcialidade e ausência de emoções), a metodologia e a experiência fazem a diferença para colaborar para decisões mais acertadas, para o empresário gráfico. Existe uma minoria de empresários gráficos que contrata um especialista quando tudo indica que não necessitam do profissional. São os empreendedores inteligentes e previdentes. Sabem diferenciar as oportunidades das ameaças. Têm objetivos e planos definidos.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)