Como reduzir os custos na gráfica?
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Os preços de venda são disputados no mercado em regime de concorrência acirrada e somente teremos um resultado satisfatório se otimizarmos os nossos custos. Existe uma diferença muito grande entre reduzir custos e otimizar custos. O conceito de otimização é muito mais abrangente e poderíamos dizer mais correto do que o da redução dos custos. Quando falamos em reduzir custos podemos nos “ferir” amargamente, cortando às vezes a nossa melhor mão-de-obra, comprando matéria prima de menor valor, porém de baixa qualidade elevando com isso os custos de produção, cortando o cafezinho e com isso criando um mal estar entre os funcionários, etc... O segredo da redução dos custos não está em gastar menos, mas em gastar bem.
O que podemos fazer para otimizar nossos custos, é um conjunto de recursos que são aplicados, para através deles, obtermos os impressos de melhor qualidade e a custos compatíveis que serão ofertados. Entre estes recursos podemos citar os recursos humanos que terão que ser treinados, as matérias primas que deverão ser escolhidas a dedo, os equipamentos que deverão seguir um perfeito esquema de manutenção preventiva, o desempenho dos operadores que deverão seguir Normas e Procedimentos. Embora tenhamos hoje sofisticados softwares para acompanhamento da produção, a grande maioria das gráficas não se preocupa com este item da mão-de-obra, ou seja, a produtividade. Outro exemplo pode ser demonstrado com pessoal de vendas que em sua maioria desconhece totalmente as tecnologias adotadas na empresa para a qual vendem, não sabendo orientar seus clientes. São meros “catadores de pedido”.
Na área de materiais temos por parte de muitos empresários gráficos a mania de comprar o produto mais barato, muitas vezes alegando que o cliente não exige qualidade. O que o empresário não vê são os custos de produção que se elevam em virtude de problemas técnicos causados por estes materiais de baixa qualidade. Se tomarmos como exemplo os grandes empresários gráficos, veremos que estes adquirem os materiais em função única e exclusiva do custo-benefício, ou seja, quanto irá me custar o impresso após o seu processamento por toda a cadeia produtiva, com vistas ao desperdício de material, paradas de máquina, aparas e tempo dedicado a remanufaturar ou a devolução por parte do cliente alegando baixa qualidade. Muitos têm que engolir este “sapo”, que além de custar muito para a empresa, denigre o nome da gráfica no mercado.
Já quando falamos de equipamento, o empresário “treme na base” quando ouve o preço de uma máquina nova. Muitos empresários, principalmente o de pequeno porte, pensa primeiramente em adquirir um equipamento usado. Uma das causas é a falta de capital e de crédito e outra é meramente uma falta de conhecimento do significado de “produtividade” e da qualidade já intrínseca no resultado da operação. Tudo isso se resume em uma palavra: Otimização (dos custos).
Poderíamos escrever muitas páginas sobre a otimização dos custos e sua relação com a rentabilidade das nossas gráficas. Precisamos urgentemente nos dedicar a gestão de recursos prestando muita atenção aos detalhes quanto à redução dos custos efetivos. È necessário que iniciemos já antes que tenhamos que abdicar de nossa empresa.
Pense nisso!
* Thomaz Caspary ( In memoriam )