Esta é a oportunidade para sua gráfica crescer
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Não podemos esperar a crise passar ou o governo mudar. Você deve aproveitar este ano de 2015, para avançar na reestruturação da sua gráfica e consolidar a sua empresa no mercado. 2015 e 2016 prometem ser dois anos dos mais difíceis dos últimos tempos. O Brasil deixa para trás, a segurança econômica de anos passados e torna-se conforme estamos acompanhando na imprensa, um país que necessita de muito esforço, não só do governo, mas também dos empresários para não findar o ano com muito prejuízo. Chegou a hora dos gráficos se estabilizarem e aproveitarem as oportunidades que esta crise apresenta, pois nosso crescimento será um dos mais baixos, desde a criação do Plano Real em 1994. Como já citamos as taxas de juros não deverão cair e o emprego deverá ter um brutal decréscimo, face aos inúmeros entraves previstos em diferentes áreas da economia. Muitos gráficos já vislumbraram este cenário e estão investindo maciçamente em treinamento, tanto próprios, como de seus subordinados.
Independentemente dos resultados das ações do governo brasileiro, americano e dos principais países da Europa, temos que olhar com insistência e visão estratégica, para o mercado interno e, principalmente para nossos tradicionais clientes. Não podemos esquecer também dos nossos concorrentes fazendo um "benchmarking" a fim de verificar que rumos estão seguindo. Enfim temos que sair da nossa "toca" e olhar um pouco o que acontece na economia e que caminhos iremos traçar para nossa empresa. Se verificarmos junto a grandes bancos e empresas de consultoria internacionais, poderemos ver alguns índices econômicos projetados para a economia brasileira neste ano, que nos deixam em estado de atenção. Temos por exemplo as previsões de um crescimento do PIB em uma média de no máximo 1% (embora eu pessoalmente não confio mais neste momento, em números publicados na imprensa) com uma inflação perto de 8% ao ano.
Tudo isso nos leva à necessidade de repensar IMEDIATAMENTE nossas atitudes e a nossa empresa. Principalmente no que diz respeito ao mercado, como atingi-lo e como encontrar NOVOS NICHOS DE ATUAÇÃO. Nossa força de vendas deve ser reestruturada, pois acabou a fase de catadores de pedidos. Precisamos mudar a mentalidade de nossa força de vendas para que ela não venha a TIRAR algo do cliente, ou seja, "o pedido" e sim DAR algo ao cliente, que será a solução de seus problemas e da redução de seus custos. Para solucionar os problemas do cliente precisamos estar absolutamente preparados tanto com a força de vendas como com o atendimento interno da produção. Nossa gráfica não pode mais tratar o mercado como se fossemos amadores, como vem acontecendo ao longo destes últimos anos. Temos que nos tornar realmente profissionais e em alguns casos oferecer ao mercado aquele "algo a mais" que não fizemos até o momento.
Como apresentar soluções aos nossos clientes, se não possuímos o material humano capacitado para fazê-lo, seja na área de vendas, seja na parte da produção? Uma das soluções seria treinamento imediato (preferencialmente "in Company") ou ainda a terceirização de alguns trabalhos específicos com outra gráfica, bureau, ou mesmo pequena agência de propaganda, a fim de DAR ao cliente uma solução global às suas necessidades, pois o cliente não quer simplesmente impressos. Ele quer mesmo, é ver seu problema resolvido e de preferência com todo o trabalho de logística de distribuição embutido na prestação dos serviços da mídia impressa.
Nossa gráfica passa no momento por um período de transformação, onde as mudanças são imprescindíveis. Quem não muda, morre. Precisamos pensar em Marketing de Relacionamento e posteriormente avançar para o E-Commerce na indústria gráfica, incluindo as soluções de WEB-TO-PRINT. Precisamos definir as nossas metas nossos produtos, nossa tecnologia. O mundo mudou e mudou bastante. Hoje se não entrarmos na era da tecnologia digital, Web-To-Print, Transpromo e dados variáveis, mesmo em parte, estaremos fora do mercado em pouco tempo. As modernas impressoras digitais vão tomando o mercado do pequeno gráfico que acaba ficando sem serviço e como não sabe ainda calcular os seus impressos, pois não se atualizou, acaba fechando as portas ou mesmo vendendo as suas máquinas (se conseguir) como sucata.
A conclusão a que nós chegamos é que o país em que vivemos, encontra-se navegando com rumo indefinido, porém não em uma "marola". E nós da indústria gráfica. Em que direção vamos navegar? Isso está nas mãos de cada "Timoneiro" (o dono da gráfica). Se conselho fosse valioso a gente não dava, vendia! Más vamos aqui dar uma "colher de chá" ao amigo leitor:
1. Repense a sua gráfica (faça seu plano de negócios),
2. Atualize-se na área técnica e de gestão,
3. Prepare sua tática mercadológica,
4. Informatize a sua empresa (pequena ou grande),
5. Mantenha atualizados os seus custos, produtividade e tecnologia,
6. Acredite em você mesmo. Você é Capaz!
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)