Estratégias para a liderança no setor em meio às atuais adversidades
Será que tenho consciência de Líder para não “sufocar” em meio às mudanças?
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Se eu faço parte de uma empresa ou mesmo de uma equipe, como ela pode mudar sem mim? Se você já se fez essa pergunta antes, é importante entender definitivamente que uma empresa, setor ou equipe não só muda sem você como também te neutraliza caso você não esteja preparado para as inovações.
Os ingredientes sugeridos para os empreendedores que desejam desenvolver um processo de transformação estratégica em suas empresas são: imaginação, paixão, coragem, humanidade, humildade, intelecto e um pouco de sorte. O importante é que a empresa se conscientize, antes de tudo, de sua colocação no mercado e de quais são as probabilidades reais de liderar esse setor. Muitos não tomam atitude inovadora justamente porque desconhecem seu papel no mercado, acreditando que simplesmente ‘atuam’ em um nicho imutável de negócios.
Hoje, vivemos um momento em que os limites entre os setores estão cada vez mais indefinidos. Essa falta de visibilidade concreta, além de dificultar os passos das empresas em relação a suas áreas de atuação, permite aos que estão de fora e “antenados” com o que há de novo nos setores de tecnologia e estratégias de mercado a criação de novos produtos e serviços que atingirão um público-alvo cada vez mais interessado em praticidade e transparência. É preciso se perguntar: “Será que o que eu estou fazendo hoje permitirá que me atualize no futuro?”.
Esse raciocínio requer drásticas mudanças no comportamento geral das empresas, o que, muitas vezes, é difícil de conseguir. Comumente, no universo de gestão, é mais difícil (e incômodo) esquecer os métodos antigos do que criar novos. As mudanças, hoje, ocorrem de modo muito mais rápido do que alguns anos atrás. As melhores estratégias a serem adotadas para uma empresa se tornar líder em seu setor são:
• TRAZER O FUTURO PARA O PRESENTE, e não extrapolar o passado – Você pode fazer isso, por exemplo, começando pela área comercial, adotando ferramentas tecnológicas, como softwares de CRM (Customer Relationship Management) para fazer a migração dos antigos sistemas legados e fechados para a nova teia de informações. Também softwares nas áreas de PCP e de Suprimentos, são ferramentas que conduzem rapidamente a resultados positivos.
• DESCENTRALIZAR INFORMAÇÕES – Compartilhar informações não significa simplesmente que a empresa irá oferecer todos os seus dados a parceiros, clientes e, talvez, até mesmo para seus concorrentes. É preciso encarar essas ações como a obtenção de um acesso privilegiado a milhares de informações outrora desconhecidas ou inatingíveis. Novamente voltamos à necessidade imediata de confiáveis sistemas de gestão oferecidos no mercado.
• ACEITAR OS NOVOS PARCEIROS DE NEGÓCIOS E CLIENTES como uma comunidade – Parceiros relevantes como nossos terceirizados devem ser tratados como sendo parte de nosso negócio e merecedores de toda nossa confiança, com troca de informações tecnológicas para a melhora significativa da qualidade, da produtividade e da redução do desperdício. Os clientes devem ser tratados não apenas como compradores de produtos, mas também como indivíduos pertencentes a uma comunidade que possui referências sociais e que compartilha gostos e opiniões; dessa forma, podem ser extraordinários agentes de pesquisa, dando o feedback necessário para que as empresas aprimorem seus padrões e produtos.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)