Inovando sempre para sobreviver

Thomaz Caspary ( In memoriam )

A nossa indústria gráfica está cada vez mais disposta e necessitada, em exercer as práticas responsáveis para reduzir seus custos, levando em consideração todos os fatores ligados com o consumo consciente que começa pelo bolso. Isso envolve não só a aquisição de materiais, onde a procura de novos fornecedores é muito importante, más também procurando comprar materiais de qualidade, que ajudem a reduzir as perdas de produção, os desperdícios de material e de tempo de “setup” além de aumentarem a produtividade e com isso reduzindo os custos de produção. Neste instante entra a criatividade do dono da empresa ou do gerente de produção ou mesmo do operador, inovando procedimentos ou introduzindo novas técnicas aprendidas através da participação em cursos seminários, ou mesmo leitura de informativos especializados.

Neste momento, a educação está realmente no topo da agenda dos senhores gráficos, desde o dono até o operador. Depois de muito tempo de descaso para com a visita a cursos de cunho técnico e/ou administrativo, o gráfico está lentamente despertando para a sua importância, principalmente quando observa a falta de entrada de pedidos, ou a quantidade de serviços perdidos por causa de preço ou ainda por não ter conhecimento, das possibilidades que possui, em resolver tecnicamente algumas solicitações de seus clientes. O desespero está batendo na porta de muitas gráficas, que se veem com as máquinas paradas e sem condições de honrar seus compromissos financeiros, devido à falta total de um planejamento de negócios, ou mesmo da ausência da ferramenta “fluxo de caixa” ou de um “budget”.

Inovar não significa sempre comprar novos equipamentos ou lançar novos tipos de impressos. Inovar por exemplo, é implantar sistemas de gestão computadorizados, relegados até agora a segundo plano, ou então, estar ainda trabalhando com sistemas arcaicos observando os desperdiçadores do dinheiro que escorre por entre os dedos do empresário, sem que este perceba, onde está o “ladrão”. Isso só é possível, através da aplicação de técnicas como, por exemplo, a “Qualidade Assegurada” ou mesmo as “Boas Práticas de Fabricação”.

Será que inovar para sobreviver é o caminho certo? Claro que sim. Tão importante como inovar é acompanhar o tempo, o mercado, o cliente que nos exige a cada dia mais, a solução de seus problemas na área da mídia (não só impressa), para que ele possa se dedicar à sua atividade fim. Para isso, nós gráficos precisamos inovar e estar preparados, tanto na área do produto impresso, como no segmento da logística global de atendimento.