Inteligência Competitiva não é só na empresa
Thomaz Caspary ( In memoriam )
A INTELIGÊNCIA COMPETITIVA é a capacidade que temos de, com base naquilo que já sabemos resolver novos problemas e se tornar competitivo. É uma maneira especial de observar especialmente os outros, mas, também, o cenário e se antecipar aos movimentos das tendências do cenário e principalmente dos seus competidores. O principal objetivo da inteligência competitiva é criar unicidade parando de imitar os outros e fazendo o que os competidores não fazem. Isso serve também no âmbito pessoal e não só voltado para a empresa ou negócios.
Embora sejam muitas as decisões a tomar, nós tomadores de decisão dependemos de respostas a três perguntas básicas:
1. Como estamos fazendo?
2. Por quê estamos fazendo?
3. O que deveríamos estar fazendo?
A análise de dados é o grande assunto do momento e além dos gestores, líderes e tomadores de decisão temos que particularmente começar a entender isso. Os gestores estão começando a perceber que para serem realmente competitivos, eles precisam tirar vantagens de seus dados, alavancarem esses dados e transformá-los em conhecimento. Para isso, eles estão buscando o auxílio das tecnologias de informação para compreender quais são as possibilidades. É neste momento que, utilizando o poder de análise, podemos pegar as informações existentes, levar essas informações disponíveis lá fora e ajudá-los a entender plenamente o seu potencial, após é claro de nos ter conscientizado dos problemas e questões.
Quando falamos de INTELIGÊNCIA COMPETITIVA na esfera pessoal, estamos falando na verdade de autodesenvolvimento. Todo desenvolvimento implica em romper com padrões já estabelecidos para adotarmos outro. Trata da promoção do potencial das pessoas, do aumento de suas possibilidades e do desfrute da liberdade de viver a vida que eles valorizam.
O desenvolvimento acontece também no ambito pessoal. O ser humano é um ser holístico, portanto, o desenvolvimento ocorre em qualquer dimensão humana (física, emocional, mental, social e espiritual). O sucesso, êxito ou triunfo em uma dessas dimensões afeta de forma geral a nossa vida. Não tem como separar realização pessoal da realização profissional.
No processo de autodesenvolvimento o indíviduo assume a responsabilidade pela sua evolução, adota uma postura voltada à aprendizagem contínua. O autodesenvolvimento não é apenas um processo constante de crescimento e fortalecimento de indivíduos talentosos e competentes, mas sim um estado de espírito.
O processo de autodesenvolvimento engloba algumas etapas essenciais. São elas:
- Realizar uma autoanálise;
- Buscar auxílio de pessoas que possam contribuir detectando pontos positivos e pontos a melhorar;
- Definir os objetivos e meios para alcançá-los;
Quando olhamos para um problema, este se torna uma questão de habilidade, conhecimento e experiência para resolvê-lo. Na indústria de certo ramo, como no meu caso a Indústria Gráfica, o problema torna-se um pouco mais específico para essa indústria.
Por exemplo, em uma grande parte do setor comercial, a análise de dados é sobre o gerenciamento da movimentação de clientes, é sobre compreender os clientes e encontrar novas e interessantes maneiras de mantê-los engajados com a gráfica, para impedi-los de se afastar. Por outro lado, devemos fazer uma análise para verificar se a gráfica tem interesse em atender o tipo de trabalhos destes clientes.
As gráficas que se transformaram em negócios focados em ANÁLISE COMPETITIVA estão atingindo um rendimento três vezes maior e um desempenho 8 vezes melhor do que aqueles que não usam Inteligência Analítica de Negócio. Mas, para obter esse crescimento, os clientes tem que entender o que a análise pode fazer e compreender como a análise pode ser usada em seus negócios. Ao mesmo tempo, eles têm que construir uma base sólida de dados para aplicar as análises.
Para responder a pergunta “COMO ESTAMOS FAZENDO?”, um sistema de Inteligência de Negócio precisa fornecer aos tomadores de decisão relatórios com as informações de que precisam sobre o seu desempenho. Os relatórios podem conter informações que possibilitem:
- Monitorar o desempenho de vendas e margens por canal, divisão, região, depósito, linha de produção, categoria ou vendedor.
- Administrar as vendas, margens e níveis de estoque de mercadorias em todos os canais e locais entre várias outras coisas.
Para avaliar com precisão o “POR QUÊ?”, os tomadores de decisão precisam informações que possibilitem avaliar as atividades e o desempenho operacional. Através da elaboração de relatórios e pode-se:
- Relatar o desempenho por canal, divisão, região, depósito ou conta, categoria ou produto, a fim de maximizar os lucros.
- Analisar os dados de transações de venda para entender a demanda, otimizar os níveis dos funcionários e melhorar a comunicação interna, entre muitas outras coisas.
A definição dos principais indicadores de desempenho, análise dos processos organizacionais, definição das estratégias, a escolha de metas e referenciais comparativos são alguns dos pontos a serem considerados na hora da customização de um sistema de Business Intelligence (BI). Esses pontos são a base para obter uma resposta útil variável e que realmente complemente o conhecimento, além de ampliar os resultados corporativos. Mas, o BI não basta, é preciso incorporar Inteligência Analítica ao processo de negócio.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)