O que fazer para sobreviver neste momento de recuo geral da economia brasileira.
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Neste momento de incertezas pelas quais passam a indústrias em geral e especialmente a indústria gráfica, existe uma pressão muito grande em cima dos gestores em todos os níveis, acarretando um estresse descomunal, decorrente dos problemas e da sobrecarga de trabalho. Este fenômeno contribui para que os gestores, em especial o dono da empresa, não consiga raciocinar com clareza, que caminhos tomar.
Podemos ler nos jornais as catastróficas informações de queda de vendas, alcance de recordes de ociosidade, demissões em massa, caída da produção industrial no geral, aumento da inflação, tudo isso, paralelo às notícias de corrupção em diversos níveis.
Muitas empresas gráficas simplesmente desaparecem e outras procuram a recuperação extrajudicial ou judicial, porém quando já não tem mais salvação. Existem alguns casos de gráficas que chegam na justiça buscando recuperação judicial, quando estão com mais de 50% das máquinas paradas e com quase nenhum funcionário. Não existe milagre e o judiciário certamente não irá atender esta empresa que na prática já se encontra em situação falimentar.
Não queremos aquí culpar o empresário e sim a cultura empresarial do gráfico que sempre deixa tudo para o último instante e pensa que pode reverter a situação de crise.
Não é o caso de algumas gráficas cujos empresários não tem duvidas do benefício de consultores e coaches e veem sua contribuição como um investimento com retorno em curto prazo e, não uma despesa. É o caso de uma gráfica em, São Paulo, que vendo um cenário pouco favorável, aplicou uma rotina muito rígida de gestão fabril, de Boas Práticas e comercial, e dessa forma, alcançou a marca de 23% de crescimento em 2014, em relação ao ano anterior. De acordo com a empresa, além de planejamento, os investimentos em qualificação de funcionários, garantiram esses resultados positivos e sólidos.
Infelizmente a maioria dos gestores e donos de gráfica, não pensa assim e amargam as consequências tendo que encerrar as atividades. Como diz meu colega Paulo Pereira: “É mais fácil para o empresário "imaginar" (Digo imaginar, pois muitas vezes estas decisões, deveriam e não são tomadas com base em ferramentas como análise de ROI), o incremento de resultados ao comprar máquinas”.
Por outro lado, uma grande parte dos empresários tem dificuldade em aceitar as vantagens de uma reorganização, estruturação da empresa como implantação de metodologias de trabalho, planejamento estratégico e plano de negócios além de aperfeiçoar ou mesmo implantar os sistemas de gestão que utilizam e que permitam fazer a gestão da empresa podendo ter acesso dos forma mais confiável aos indicadores que permitam analisar o desempenho de diversos setores da empresa, tomando decisões acertadas e recuperando a empresa a curto prazo.
Só que para sobreviver, uma ATITUDE deve ser tomada imediatamente, pois amanhã já poderá ser tarde. Existem muitos excelentes profissionais no mercado que possam ajuda-lo a sair deste “imbróglio”.
Boa sorte pense e tome uma decisão antes que seja tarde.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)