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Olá Gráfico. Acorde para a sua Realidade!

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Poucos assuntos são tão delicados, como falar sobre a gestão de nosso empresário gráfico. Geralmente sou bastante criticado, porém mantenho o meu ponto de vista. Em recente publicação do IBGE, a produção da indústria brasileira caiu 2,7% em 2012, um dos piores resultados desde a crise internacional. Nosso Ministro Guido Mantega, infelizmente está sem bala na agulha e em um de seus últimos discurso, de 2012 transmitiu poucas mensagens animadoras. Os números de crescimento econômico para 2013 e a inflação do período são uma incógnita, pois cada economista diz um número e nenhum deles coincide. Por esta razão, quero me dedicar ao gráfico fazendo-o refletir um pouco sobre a sua empresa e a realidade na qual vive.

Mudando de assunto: Quem nunca entrou em um festival, show, acontecimento noturno, e se perguntou o que aconteceria em caso de emergência? Quem nunca se espantou com o tamanho da fila para pagar e sair de um estabelecimento noturno, com longas esperas causadas pelo que é um erro do administrador do estabelecimento no momento de cobrar pelos seus serviços? Infelizmente, em meio a tantos protestos e lágrimas, aposto que no dia seguinte abriram pelo país milhares de estabelecimentos que não mereciam ou não deveriam estar operando. Mais que isso, milhares de pessoas sentiram-se incomodadas, mas nem por isso deixaram de entrar sem reclamar, pagar suas contas e ir embora.

O que aconteceu foi uma tragédia e não queremos que outro tipo de tragédia aconteça em nossa gráfica.

A maioria das nossas gráficas é composta de empresas familiares, que necessitam urgentemente de uma governança corporativa. Outro dia estive em uma destas empresas e numa reunião, participavam o pai e seus dois filhos, todos com cargo de gestão na gráfica. Em pauta estava o resultado do 3º trimestre de 2012 por conta da brutal redução do lucro. Para surpresa de todos, um dos irmãos, responsável pela área financeira, culpava o seu irmão, responsável pelas vendas, pelo fraco desempenho da área comercial, dizendo que ele não estaria cuidando adequadamente da área comercial e que nem tinha feito em 2012 um Plano de Negócios, descuidando inclusive do desempenho dos seus comandados (vendedores). Pode até ser que fosse a realidade, só que foi colocada de uma forma totalmente inadequada.

Com esta história, vale uma profunda reflexão: o que esperar de uma gráfica fundada e tocada pelo pai com “mãos de aço”, pois só ele tem razão há mais de 35 anos, ainda que faça os seus cálculos na “unha”, pois não sabe usar um computador. Será este gráfico um empreendedor? Principalmente quando tocou sua gráfica sempre com auxílio da esposa para cuidar do “caixa” (embora sem nenhuma experiência) e dos dois jovens filhos recém formados, que agora estão tocando a área de vendas e financeira. Este é o clássico exemplo da gráfica familiar, sem o devido planejamento de negócios, quem diria em planejamento sucessório.

Voltemos à situação anterior em que um irmão culpa o outro pela queda de vendas. É nítido, neste caso de que mudanças devem ser feitas, para garantir a continuidade da sociedade, da gráfica e principalmente da boa relação familiar. Juntou-se a família e chegaram a conclusão de que necessitavam de uma consultoria profissional, para inserir na empresa o que chamamos de governança corporativa, ou seja, a elaboração de um Plano de Negócios e a implantação de Normas e Procedimentos em todas as áreas de atuação da gráfica.

Colocada a consultoria em Outubro de 2012, começaram a aparecer após um mês os primeiros resultados de reorganização. O problema da queda de vendas não era culpa do irmão responsável, porém reflexo de uma conjuntura desfavorável dos negócios, por falta do planejamento de escolha de clientes e produtos. A partir das análises da consultoria, foram feitas modificações na área comercial e industrial, voltando-se a gráfica para novos mercados e assim, conseguindo “empatar” no final do ano de 2012.

Os primeiros passos para a correção de rumo foram o remanejamento de alguns cargos e mudanças nas atribuições de determinados funcionários que eram melhores em outras posições do que naquelas em que atuavam. Também a introdução de um PCP e de um pequeno departamento de qualidade, muito contribuíram, para que a gráfica deslanchasse. E tudo isso, sem grandes investimentos. A aquisição de uma impressora digital com inúmeras facilidades de financiamento alavancou sobremaneira a empresa. A criação de um Site interativo e a adoção de novas maneiras de E-Commerce, também está contribuindo, para que esta gráfica hoje esteja respirando aliviada.

Não será possível continuar empurrando a gráfica “com a barriga”. Tem que haver diálogo entre todas as partes interessadas na empresa, principalmente entre os familiares. Nesse cenário, a ajuda de um consultor, principalmente com conhecimento da área, apresenta-se como uma alternativa para a gestão produtiva destas gráficas, que, inclusive são a maioria no cenário gráfico mundial.

Desta maneira, a família e os gestores da gráfica podem avaliar qual é a melhor forma de alinhamento familiar e dos negócios. Acorde para a sua realidade e não deixe a sua gráfica virar uma tragédia.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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