Quais as perspectivas para os próximos 18 meses?
Thomaz Caspary ( In memoriam )
O mercado gráfico neste ano de 2016 está muito longe de poder ser chamado de estável, vista que, muitas empresas enfrentaram e vem enfrentando enormes dificuldades no cumprimento das metas pré-estabelecidas, isto no caso das empresas que se dispuseram no ano anterior a estabelecer metas, caminhos e fazer algum tipo de planejamento para este ano.
O mercado está “frouxo”, os profissionais de vendas desmotivados, os financiamentos cada vez mais difíceis e o empresário desanimado, perguntando-se a cada momento “qual é o caminho?” Podemos ter certeza de que os próximos meses ou talvez até anos sejam de extrema mudança e aqueles empresários que não acompanharem estas mudanças, estarão fatalmente fadados a sucumbir.
Não podemos mais nos basear somente em estatísticas do passado más precisamos estar atentos às tendências do mercado, principalmente na área da economia e do mercado. As tecnologias gráficas e a mídia eletrônica estão no momento em segundo plano para as empresas gráficas mais evoluídas.
Para o micro e pequeno gráfico, o futuro é sombrio. Um dos grandes desafios do futuro próximo será atrair e manter clientes e para isso, teremos que fazer grandes mudanças na estrutura das nossas empresas onde a rede interna de comunicações e informação se tornará o mais importante. Se não pudermos atender o mercado da forma como ele busca as soluções, por não estarmos preparados internamente para atender o cliente, de nada valerá um superprofissional de vendas.
O consumidor, nosso cliente, terá através da informatização um controle nunca antes visto que deverá provocar questões de interatividade com a nossa empresa, para a qual devemos estar plenamente preparados. Além disso, temos o agravamento causado pela crise financeira.
Para onde vai a “viagem” do futuro e quais as estratégias que devemos adotar? O mercado está no centro das nossas atenções. O que devemos fazer para conquistá-lo como cliente, funcionário ou parceiro comercial? Precisamos fazer um planejamento de negócios, visando abranger os seguintes assuntos de vital importância para nossa sobrevivência.
- Redução e controle de custos.
- Budget e revisão periódica da área creditícia.
- Marketing com ênfase nos mercados a atingir.
- Implantação de sistemas para redução de desperdício
- NOVOS PROCEDIMENTOS NA ÁREA COMERCIAL.
- Busca de ajuda externa para “costurar” nossos problemas
Quando falamos em Implantação de sistemas para redução do desperdício, referimo-nos à necessidade dos donos de gráfica saírem um pouco de suas “tocas” para visitarem empresas, feiras, seminários, cursos e outros eventos que abrirão a mente para que estes sejam verdadeiros empreendedores.
O grande problema é que muitas gráficas são dirigidas por pessoas com idade perto dos 50 anos ou mais, idade esta onde os empresários tendem a se preocupar mais com o status e com a aposentadoria em vez de fazer mudanças radicais na empresa, justamente no momento em que a maioria das coisas está mudando rapidamente. É claro que sabemos que mudança é uma coisa difícil e que abandonar tudo aquilo que trouxe sucesso no passado e abraçar um novo mundo, vai contra a mentalidade de uma grande parte de empresários gráficos.
No tocante aos riscos e oportunidades que teremos nos próximos meses e anos, eles dependem exclusivamente da vontade do empresário em mudar, ser criativo que são dois itens que devem permanecer como sendo um foco central. A capacidade de tornar o ano 2017 um risco ou uma OPORTUNIDADE será atribuída exclusivamente ao dirigente gráfico.
Se por acaso o empresário não se sentir capaz para gerir estas mudanças, deve procurar ajuda externa, pois seu empreendimento está em jogo. Quero acreditar que o ano de 2017 será extremamente difícil. Porém o gráfico que se mantiver informado e atualizado poderá aproveitar corretamente as oportunidades que a toda hora se lhe apresentam gerando resultados positivos.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)