Qual será o futuro dos Rótulos Autoadesivos?
Certamente muitos e complexos desafios.
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Neste momento, o maior desafio aos nossos convertedores de rótulos e etiquetas autoadesivas, é manter a empresa a salvo de uma derrocada econômico-financeira. Para tanto, o item GESTÃO terá que ser considerado como primordial em nossas empresas. Por prioridade, elencamos os departamentos que devem sofrer imediatamente uma revisão:
- Gestão de Custos e Finanças
- Gestão da Informação
- Gestão Comercial e de Logística
- Gestão Industrial
Para que isso venha a se concretizar, temos que nos dedicar de corpo e alma ao Planejamento e Controle da empresa, delegando o dia a dia a uma pessoa de nossa confiança. Caso não saibamos como fazê-lo, vamos ao mercado buscar uma ajuda, seja através de uma pessoa com Bom Senso e bons conhecimentos do nosso mercado, e de preferência buscando também um Coach que nos oriente.
Não é nossa intenção neste artigo, esclarecer cada uma das etapas a ser seguida para colocar em ordem os departamentos acima elencados. Temos certeza de que o leitor terá plena capacidade de discernimento, para fazer a coisa dar certo. O que precisa é começar! Ou seja, tomar uma ATITUDE!
Posteriormente, passados os tempos de crise e arrumada a casa, tendo feito um Plano de Negócios, além do Planejamento estratégico, o maior desafio para o convertedor de etiquetas é decidir em que tipo de impressora deve investir nos próximos tempos. Deverá ser outra máquina flexográfica UV analógica tradicional? Quem sabe um equipamento offset ou híbrido? Algumas empresas talvez considerem a via digital. Nesse caso, deverão optar por um sistema de toner ou a jato de tinta?
Antigamente, escolher em que máquina investir era uma decisão mais simples. Hoje em dia, há mais fatores a ponderar, sendo um deles a opção por uma máquina analógica tradicional. Os efeitos sobre o meio ambiente e o consumo energético são aspetos a levar em conta. Outros fatores são a gama cromática e a quantidade de cores ou corpos de impressão da máquina. Que opções de acabamento com valor agregado oferece a máquina? Que tecnologia de controle necessita? Qual a produtividade almejada para a gama de trabalhos que realiza e irá realizar? Qual o tempo de Setup? Pretende imprimir outros produtos para além das etiquetas? Todos estes fatores são relevantes na hora de decidir em que tipo de equipamento devemos investir. Obviamente, cada fabricante oferece as suas próprias variações e soluções tecnológicas.
O salto para o digital
Se uma empresa pensa em adotar um sistema digital, deve ter em mente alguns fatores adicionais. A impressão digital envolve novas formas de trabalhar. Com esta tecnologia é possível obter uma gestão de cor melhorada. A decisão de adotar a tecnologia digital ou tradicional deve ser estudada a fundo e ponderar os prós e contras. Que volumes de trabalho podemos transformar diariamente sem que as tarefas da administração e os controles nos afoguem? É provável que todos estes aspetos necessitem de sistemas de gestão de informação mais sofisticados, outra decisão de investimento que deve ser tomada.
Com a tecnologia digital, devemos ainda que decidir diversas questões da tecnologia a adotar e a mão de obra a ser utilizada. Alguns trabalhos necessitariam de tinta branca numa das cabeças de impressão? A impressora tem uma gama cromática ampliada? A velocidade de impressão das máquinas digitais também é muito variável. Neste sentido, até que ponto é importante a velocidade se produzirmos pequenas tiragens e ter setup’ s com frequência?
O convertedor de rótulos e etiquetas deve ainda decidir, se investe num equipamento de acabamento em linha ou off-line. Se o acabamento for online, cada vez que se muda um trabalho será necessário parar a máquina para mudar peças?
Caso venhamos a produzir muitas pequenas tiragens, a mudança de facas pode levar uma parte considerável do dia e, em consequência, consumir muito tempo da produção da máquina, o que se traduz em menor produtividade, podendo afetar a rentabilidade. Em contrapartida, o acabamento off-line oferece uma linha de acabamento que pode lidar com a produção de várias máquinas digitais, o que maximiza o tempo de produção dos equipamentos.
Outra possibilidade é o corte a laser. Embora represente um investimento maior, apresenta vantagens significativas quando queremos produzir diariamente várias pequenas tiragens. Combinada com a tecnologia a jato de tinta, por exemplo, o corte a laser - sempre e quando a longitude da repetição não seja fixa - tem uma grande vantagem: permite agrupar trabalhos à largura ou comprimento da bobina, o que maximiza o rendimento e se torna mais econômico. Podemos ainda acrescentar uma série de ponderações. Acreditamos, no entanto, que o que foi colocado já possibilita um estudo maior, rumo ao futuro.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)