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Quando uma gráfica deve buscar um consultor para tirá-la das dificuldades encontradas?

Thomaz Caspary ( In memoriam )

“Um bom consultor é uma pessoa comum dando conselhos longe de casa”. Esta afirmação, por mais inteligente que seja, trata apenas de uma distorção do que verdadeiramente é uma consultoria. Um mau engenheiro não deve causar a impressão de que a engenharia não é séria, mas se você consultar vários maus engenheiros provavelmente desacreditará deles.

Por isso, contratar um consultor ou Coach é uma tarefa estratégica e deve ser encarada como tal. Não devemos crer plenamente no portfólio do profissional; alguém pode, curiosamente, atender uma série de empresas uma única vez e não voltar mais, por estar abaixo das expectativas. Não devemos crer nos títulos, que podem ser duvidosos ou oriundos de instituições de qualidade questionável.

Devemos tomar cuidado até mesmo com as indicações: um profissional de outra empresa, conhecido seu, digno de credibilidade, pode estar lhe indicando a pessoa certa para o problema errado. Resolver as questões de UMA Empresa, não necessariamente qualifica um consultor para resolver os problemas de OUTRA Empresa.

Então no que devemos acreditar?

Devemos acreditar na nossa capacidade de avaliar o talento e a competência de um profissional checando-o em todos os níveis necessários para aferir a sua seriedade, intencionalidade, competência e credibilidade.

Consultores sérios são poderosas ferramentas para salvar, ajustar e alavancar negócios, mas devemos lembrar que um bom professor particular é aquele que sabe lhe avisar quando já lhe deu tudo que podia e que é a hora de buscar outro. Os consultores devem operar enquanto, e tão somente enquanto durar a sua capacidade de agregar valor em níveis correspondentes ao investimento que está sendo realizado.

Consultores e consultorias só funcionam corretamente se a organização responde positivamente a cinco perguntas:

1 - Tenho consciência de que necessito de ajuda?

2 - Estou disposto a verdadeiramente mudar o que for diagnosticado como necessário mesmo que isto implique em muita resistência, custos emocionais e esforços-extra?

3 - Vou conceder a necessária liberdade para que a consultoria possa exercer na sua plenitude a sua missão?

4 - Compreendo em profundidade que os resultados dependem muito mais dos esforços da organização do que das legítimas boas intenções da consultoria?

5 - O Consultor ou consultoria, entende da minha área de trabalho, do meu mercado e tem pessoal com conhecimento da tecnologia que adoto?

Se as respostas forem positivas e todo o demais considerado, parabéns você terá uma excelente contribuição da sua consultoria seja ela interna, externa ou uma parceria estratégica (muito saudável) de consultores internos e externos. Caso contrário, sua empresa está em situação semelhante ao paciente fumante, sedentário, com obesidade mórbida e vai ao médico solicitando uma medicação para que possa manter o mesmo estilo de vida que vem levando.

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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