Treinamento do Empresário Gráfico - Hoje em dia uma necessidade

Thomaz Caspary ( In memoriam )

Podemos dizer que o trabalho de treinar empresários, principalmente o dono da empresa familiar, surgiu de duas vertentes, ou seja, da necessidade histórica do homem de encontrar soluções para alcançar objetivos que, sem as informações necessárias não seriam alcançados e da crescente busca por resultados imposta pelo mundo moderno.

Há muitos estudos que comprovam cientificamente que os resultados qualitativos e quantitativos do treinamento de empresários é muito mais alto e expressivo do que o esforço individual sem direcionamento. Este tema parece ser bastante conhecido e difundido no mundo corporativo, contudo, encontramos empresas trabalhando de maneira precária, com baixo nível de comunicação e confiança, foco da reflexão que faremos a seguir.

A verdade é que a complexidade do trabalho evoluiu exponencialmente com o passar dos anos e a sua dinâmica de funcionamento conta com variáveis que se interdependem e se intercomunicam continuamente. Nas empresas existem elementos e grupos multifuncionais, multiprofissionais, multiculturais e, consequentemente, visões de mundo bastante distintas.

O encontro de múltiplas gerações nas empresas compõe mais uma variável de desconforto. É muito comum encontrar nas empresas gestores mais jovens que os membros de suas equipes. Os códigos de conduta encontram-se e se misturam na arena corporativa. Estudos demonstram que a competência diversidade presente é um componente muito importante, que eleva a produtividade do time e traz resultados surpreendentes.

O fato é que a eficácia de um trabalho em treinar o empresário, traz resultados significativos para uma empresa. Este tema vem ganhando importância estratégica para as empresas, na medida em que os resultados obtidos alavancam os resultados de um negócio. Um gestor diferenciado traz resultados diferenciados e o oposto também é verdadeiro. A pressão por resultado somado à diversidade e à complexidade do trabalho pode tornar a convivência corporativa bastante angustiante e frustrante. Uma equipe com baixa produtividade e positividade traz resultados bastante medíocres.

O escasso tempo do executivo somado à alta sobrecarga de trabalho, de certa forma, promove o distanciamento e a superficialidade nas relações. É muito comum visualizar membros da empresa que preferem não se posicionar diante de questões de extrema relevância.

Neste contexto surge o Executive Coaching (treinamento do empresário) como uma metodologia que trata das relações entre as pessoas, tira a poeira debaixo do tapete e convida o ser humano adulto a se comportar como tal. Para tanto, é preciso que a empresa e o dono do negócio tenham abertura, disponibilidade e despojamento para visualizar áreas de oportunidade que precisam ser mudadas e, além disto, é necessário folego e vontade para efetivar tais mudanças.

O Coaching, não é um evento, é um processo. É uma abordagem de alinhamento e fortalecimento do trabalho com o principal gestor, ou gestores da empresa que assegura o desempenho de alto nível. A meta do treinamento é melhorar a eficiência dos gestores de modo que isto se reflita positivamente em resultados de alto desempenho para a empresa, por meio de uma abordagem que propicie eficiência e foco no resultado, otimizando os recursos disponíveis.

O treinamento, composto por sessões pré-agendadas, aposta na ampliação da consciência do empresário com foco na sustentabilidade das relações ao longo do tempo. Desta forma, podemos ter gestores com necessidades diversas que vão desde a dificuldade de relacionamento, conflitos com sócios ou subalternos,  diversidade cultural até a questões de cunho produtivo como baixo desempenho e posicionamento estratégico.

Em um Brasil como o de hoje onde os ventos da mudança sopram quase que diariamente, ao invés de ter gestores e empresários que levantam barreiras para se proteger dos ventos, as empresas precisam ter verdadeiros empreendedores que saibam construir moinhos para maximizar os ventos a seu favor.