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Uma má idéia

Thomaz Caspary ( In memoriam )

No final do ano passado assistimos na TV horripilantes imagens vindas do sudeste asiático que mostravam a destruição causada pela natureza. Acho que foi uma das primeiras vezes que ouvimos falar na palavra “tsunami”. Já tínhamos ouvido falar em diversas catástrofes como inundações, alagamentos (aliás, bastante freqüentes em diversas cidades do Brasil), terremotos, maremotos, etc. “Tsunami” começou infelizmente a se tornar uma palavra corriqueira nos noticiários de jornais, radio e TV. Descobrimos então que esta palavra de origem japonesa define o fenômeno da gigantesca onda que vimos estarrecidos várias vezes no nosso vídeo. A contabilidade de pessoas mortas e desaparecidas crescia a cada dia que passava e continua a fazer parte do noticiário diário.

E o que tem a ver uma “Tsunami” com nossa história de hoje, a citada má idéia? Acontece que esta gigantesca onda destruidora está se alastrando em nossa indústria gráfica e continuando a destruir um grande número de empresas, que não sabem calcular seus custos, não têm política de preços, utilizam papel imune para imprimir serviços comerciais (sujeitos às sanções da Receita Federal de 2001 que pode levar a multas de até 150% sobre o valor sonegado, bem como penas para os responsáveis das gráficas que variam de 6 meses a 2 anos de cadeia), e não controlam a sua produção, ou seja, não se utilizam de nenhum sistema de informação. A única informação que a gráfica tem, é de que o concorrente ofereceu um preço “X” e para não ficar com a máquina parada, oferece 10% a menos. Pronto. Problema resolvido! Será mesmo?

Sabemos por estudos realizados que 30% das empresas gráficas sairão do mercado até meados de 2008 (faltando, portanto dois anos e meio). Sabemos que o empresário gráfico brasileiro vive em um país com desequilíbrios sociais e, portanto, com instabilidade política. Infelizmente não só muitos empresários, mas também chefes e gerentes de gráficas, têm baixos níveis de escolaridade o que torna premente a necessidade de voltar aos bancos escolares, seja das associações de classe, seja das universidades, para aprender (ou reaprender) os elementos básicos e fundamentais de economia e administração. O empresário gráfico necessita urgentemente de uma atualização tecnológica, tanto do ponto de vista das novas técnicas gráficas, como JDF, CTP só para citar duas básicas, bem como saber como ensinar seus clientes a manusear arquivos digitais, saber fechar um arquivo para determinado processo, entender de Planejamento e Controles de Produção.

Não podemos esquecer uma faceta que a cada dia ganha maior importância. “RECURSOS HUMANOS” é a palavra mágica ! – Nossos colaboradores precisam ser treinados. A informação e a comunicação se fazem a cada dia um aliado ao ganho de mercado, à redução de perdas e diminuição de custos, ao bom atendimento ao cliente, ao cross-selling e a cross-media, que por sua vez, exigem do empresário gráfico a oferta de um maior leque de soluções ao cliente, obrigando-o a aplicação de diversas tecnologias, não só na área técnica mas também na esfera da logística de distribuição da mídia impressa. Isso exigirá do empresário gráfico uma melhor gestão a fim de que possa obter os resultados esperados. Voltamos a bater na mesma tecla, ao afirmarmos que a tecnologia a gente pode comprar, de uma forma ou de outra. Equipamentos também poderemos adquirir. Pessoas não! Estruturar a nossa empresa e fazê-la gerar mais valor, é fator básico para continuar a competir daqui para frente. Aumentar a satisfação dos nossos funcionários e transforma-los em reais solucionadores dos problemas do nosso cliente é o caminho certo da competitividade neste futuro que já começou.

Por isso, como moderno empreendedor gráfico, você precisa:

  • Conhecer plenamente o mercado.
  • Completar-se na área do conhecimento administrativo
  • Informar-se sobre as novas tecnologias gráficas
  • Investir em Recursos Humanos apropriados
  • Conhecer o comportamento do seu cliente
  • Tomar atitudes. Já!

Não se utilize da má idéia de querer armar uma “guerrinha” contra seus concorrentes. Jogue limpo, conheça seus custos e sua capacidade de produção. Não use papel imune (linha d’água) onde não é permitido. Utilize a melhor ferramenta que está disponível: a informação e comunicação correta.

Boa sorte!

* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)




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