Vários pecados são cometidos no trabalho pelo Empresário Gráfico, não vamos repetí-los, em 2018.
Thomaz Caspary ( In memoriam )
Ano após ano, o ambiente de trabalho do empresário gráfico e de seus principais gestores, tem sido marcado por uma cultura que chamo de cultura da mesmice.
Esta quase que repetição de atitudes e ações de governança, pode em curto espaço de tempo trazer consequências marcantes, comprometendo a trajetória de crescimento e lucratividade da gráfica em qualquer tamanho de empresa. Sabemos que a competição excessiva, o isolamento as constantes interferências no trabalho, são apenas alguns dos fatores que o empresário, totalmente envolvido em suas funções, não enxerga e, com isso não é capaz de conseguir “feedbacks” para se realinhar no contexto das mudanças que a cada momento tem que enfrentar.
Constatado o problema, é necessário agir, buscando um suporte externo, que mostre as diversas áreas que estão “empacadas” na empresa, fazendo com que esta não saia do lugar. Neste sentido, aconselhamos a ajuda dada por um Coach que seja do meio em que atua o empresário e, que possa orientá-lo a não mais seguir sempre os mesmos caminhos, tomando atitudes já previstas pelos que o cercam, aumentando assim a “mumificação” da empresa.
Sabemos por experiência do nosso trabalho, de que não existe um padrão de atitudes “reprováveis” que se mantem com constância. Posso afirmar de que o autoconhecimento é a melhor ferramenta para evitar estes comportamentos repetitivos durante longos períodos. Neste sentido o Coach é de grande valia, alertando a cada momento, não só ao principal executivo e seus gestores diretos, mas também influindo no treinamento de determinadas equipes e de sua postura frente às mudanças.
Quais os principais “pecados” cometidos no trabalho e quais as sugestões para que possamos mudar?
• Um grande problema é querer resolver tudo, ou seja, ser centralizador. Isto significa, não compartilhar responsabilidades ou delegar tarefas. Esta falta de confiança nos seus auxiliares mais próximos os inibe de assumir responsabilidades, já que o executivo terá sempre a palavra final.
- Isto pode ser resolvido se houver maior confiança na capacidade da equipe, distribuindo tarefas de acordo com a capacidade de cada um. Muitas vezes o empresário gráfico não tem a capacidade de avaliar a capacidade de seu subalterno.
• Estar constantemente insatisfeito, reclamando com todos e mostrando como deve ser feito. Também esta atitude é geradora de uma imagem bastante negativa, afastando seus pares, clientes e fornecedores.
- Neste caso de difícil identificação por parte do executivo, o Coach poderá orientá-lo, identificando os problemas, minimizando-os e levar o executivo a mostrar colaboração e cooperação com seus pares.
• Estar sempre alinhado com a filosofia da empresa e com o mercado de forma específica, fazendo “o que lhe dá na telha” não medindo consequências,
- Este tipo de empresário é complicado e as situações muitas vezes “cabeludas”. Também neste caso, o Coach pode ajudar a reestabelecer o rumo das ações na gráfica.
• Não ser pontual em seus compromissos. Isso demonstra não só uma desorganização pessoal, como em muitos casos até, uma falta de respeito perante Clientes, Fornecedores ou mesmo na própria equipe.
- A responsabilidade é um dos principais itens que a indústria busca em seu comandante. A solução é programar o dia seguinte com antecedência e dependendo da cidade, sair mais cedo de casa.
• O problema do “TBC” (Tirar a Bunda da Cadeira). Ficar sentado o dia todo em seu “trono” fazendo exatamente as mesmas coisas por anos, não demonstrando interesse em fazer as coisas de outra maneira e não ter ambição por novos desafios ou mesmo projetos.
- Este já é um problema mais complexo a ser trabalhado pois o Coach terá que descobrir se é pessoal, passageiro ou recorrente. Este problema bastante habitual, é de certa forma fácil de resolver pois o Coach tem ferramentas que suprem o executivo com feedback suficiente, para que as ideias apareçam e se tornem realidade.
• Não saber se posicionar. Nem todo mundo tem o dom da palavra e segurança ao falar para um grupo de profissionais na empresa. Muitas vezes o executivo se perde na reunião pois acredita que o discurso sairá melhor no improviso.
- O correto é se preparar antecipadamente para a reunião com funcionários ou clientes, embasado em dados que carrega em sua maleta.
Improviso, não funciona bem e é anti producente, não dando, por exemplo aos acionistas a chance de conhecer a realidade da empresa.
• Ser desorganizado. 4.1 (Um mínimo de organização em sua mesa de trabalho é necessário para encontrar a papelada que deposita sobre a mesa. A simples visão de sua escrivaninha pode mostrar a uma pessoa mais esclarecida, como você está por dentro.
* Thomaz Caspary ( in memoriam ) foi Consultor de Empresas, Coach e Diretor da Printconsult Consultoria Ltda. (São Paulo - SP)