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02 de julho de 2019

17º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica evidencia “reinvenção” das gráficas do estado

RTPress Comunicação

De tempos em tempos surgem no mundo empresarial termos para indicar caminhos a serem seguidos pelas empresas que querem se manter fortes. Um desses termos no momento é “se reinventar”. No setor gráfico, por causa das constantes transformações, a reinvenção do negócio é praticamente o único caminho a ser trilhado por quem quer atravessar a crise econômica e vislumbrar um cenário de crescimento logo depois dela. Foi que evidenciou o 17º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, realizado no último dia 27, no Campus da Indústria da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), em Curitiba, pelo Sigep (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná) e pela Abigraf-PR (Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf Regional Paraná). A coordenação e auditoria foram da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica).


Exposição dos produtos concorrentes, no hall da Fiep.
(Foto de Amarildo Henning)

As três empresas que conquistaram mais troféus (Corgraf, Malires e Belton) têm em comum a busca por sair da zona de conforto para acompanhar a evolução do mercado. “Vemos esta tendência de terem mais sucesso as empresas que se diferenciam. Pode ser, por exemplo, o investimento em mercados mais específicos, como é o caso da Belton, que explora bem as pequenas tiragens”, disse o presidente da Abigraf, Jair Leite”. “A ascensão de gráficas como a Belton e a Malires é um sinal claro de que o mercado quer diferenciação das gráficas e que, para isso, elas precisam se reinventar. Seja em produto, em atendimento ou explorando um novo nicho, o que importa é pensar fora da caixa, pois tem muito cliente que valoriza isso”, enfatizou o presidente do Sigep, Abilio de Oliveira Santana.

Campeã da noite, com 15 troféus, a Corgraf, de Colombo, região de Curitiba, manteve a ponta depois de ter pedido o primeiro lugar no ano passado para a Malires. O diretor, André Linares, disse que o resultado é fruto de anos de investimento em melhorias de equipamentos, equipe e processos. “Tudo isso tem o objetivo de entregar a melhor solução possível para o cliente. Estamos sempre nos reinventando para oferecer algo a mais. No último ano, por exemplo, concentramos investimentos em equipamentos para acabamento -  que a gente terceirizava - para manter o controle dentro da gráfica”.


Corgraf foi a campeã da noite, com 15 troféus.
(Foto de Amarildo Henning)

André Linares comenta que os resultados expressivos que a Corgraf tem todos os anos no prêmio não trazem acomodação. “Pelo contrário. A premiação acaba sendo um meio de vermos onde podemos melhorar. A concorrência está acirrada e a evolução de outras gráficas nas conquistas sinaliza também o que o mercado está valorizando em termos de produtos, recursos gráficos etc.”.

A Malires, de Curitiba, vem aparecendo nos últimos anos sempre entre os primeiros colocados. Ano passado ficou em primeiro, com 12 troféus, e agora em segundo, com 11. Para o diretor, Wagner Linares, as conquistas referendam o que acontece no dia a dia. “Balizam todos os investimentos que fazemos para crescer em qualidade e em diferenciação para os clientes. Por exemplo, ganhamos um troféu com rótulos, o qual nem esperávamos, mas que mostra estarmos no caminho certo em fazer tudo com excelência.”

Segundo ele, a reinvenção da empresa pode ser medida no investimento ousado de cerca de R$ 1 milhão no ano passado para se mudarem de uma sede de 1.100 metros quadrados para uma de 5.300 metros quadrados, que exigiu também outro R$ 1.5 milhão em equipamentos. “Investimos em novas impressoras que nos permitiram atender clientes em outros segmentos, como editorial e embalagem. Apesar do momento complicado na economia, buscamos a expansão porque acreditamos no que fazemos. O resultado é que deveremos fechar o ano com 30% de crescimento no faturamento em relação a 2018”.

E quem acredita que a reinvenção fica fácil para empresas grandes e tradicionais, precisa ver o exemplo da Belton, de Curitiba. Com apenas sete anos de atividades, 15 funcionários e classificada pelo próprio diretor Luciano Szurmiack como uma gráfica pequena, a Belton deu um salto de qualidade nos últimos anos depois que passou a investir em inovação e em novas tecnologias. “Inovação porque atendemos o cliente em qualquer tipo de impressão que ele quiser, do papel à madeira, e na quantidade que ele quiser, seja um exemplar ou 100 mil. A gente não deixa o cliente sem solução e isso tem sido o nosso grande diferencial. Para se ter ideia, nem temos equipe de vendas e continuamos crescendo porque os clientes são fiéis e ainda nos indicam no mercado”, afirma Luciano.


Belton: pouco tempo de atividade e já entre as mais premiadas.
(Foto de Amarildo Henning)

O reflexo desta postura de trabalho é sentido diretamente no Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica. As conquistas da Belton vêm aumentando ano após ano. Foram três troféus em 2016 e 11 nesta edição de 2019. “Toda a tecnologia ajuda, mas o motivo mesmo da nossa excelência é o comprometimento da nossa equipe, que é enxuta, mas muito competente em entregar soluções de alta qualidade. Os 11 troféus já dizem isso”.

Também foram premiadas no 17º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, as gráficas Midiograf (7), Lisegraff (3), Hellograf (3), Ótima (3), Posigraf (2), Cambeflex (1), Hello Acabamentos (1), Fatimense (1), Radial (1), Tuicial (1) e Maxigráfica (1). Concorreram 40 gráficas, com 515 produtos inscritos. Além delas, foram premiados os fornecedores do setor gráfico Quimagraf, Heildelberg, Zênite, Perfil, DeltaE, Sun Chemical, Rio Branco, Inventário, Antalis e Copygraf.

 

Expectativas para segundo semestre

Se algumas gráficas conseguem atingir patamar de crescimento na ordem de 30% ao ano, em geral o setor não deve passar dos 2% este ano. “Temos andado de lado por conta da insegurança quanto à economia, que não deslancha. Mas as expectativas são boas, principalmente por conta das reformas da previdência e tributária. Temos visto que há muitos investidores querendo o Brasil e o setor gráfico sempre se beneficia quando a economia começa a aquecer”, disse o presidente do Conselho Diretivo da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna.

Segundo ele, o que o empresário gráfico precisa fazer, além de se reinventar, é se dissociar um pouco do momento político e fazer a sua parte. “É claro que o que acontece no governo tem reflexo nas empresas, mas boa parte do que os empresários constroem vem da sua capacidade de agir, de inovar e, sobretudo, de superar desafios. Ficar só esperando a economia melhorar não vai levar ninguém a lugar nenhum”.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, aposta na retomada do crescimento da economia, principalmente em 2020. “As reformas da previdência e tributária vão salvar 2019, mas os empresários vão colher os frutos mesmo no ano que vem. Temo sentido já a retomada da confiança, inclusive com empresas se instalando no Paraná. O que acontece nos governos influencia a vida do empresário, mas temos que nos desfocar de Brasília e focar em nossos negócios, senão não estaremos preparados para a hora que a economia reaquecer”.