01 de dezembro de 2014
Brasil assume a presidência da Conlatingraf
Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação
Até outubro de 2015, a Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf) terá como sede o Brasil. A entidade congrega instituições representativas do setor gráfico no bloco e funciona em sistema de rodízio: a cada ano, instala-se em um país e atua sob a gestão de um dirigente local.
Na gestão brasileira, a presidência caberá ao empresário Fabio Arruda Mortara, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) e presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP).
A passagem da coordenação – que estava a cargo de Gustavo Morales, presidente da Asociación de Industriales Graficos del Paraguay – aconteceu durante o 23º Congresso da entidade, realizado em outubro, na Colômbia.
Confira as posições do novo presidente para o mandato que se inicia.
O que a indústria gráfica brasileira pode esperar da Conlatingraf?
Incentivo a uma integração muito maior com as empresas gráficas dos países vizinhos. O intercâmbio de informações técnicas e de dados econômicos, a troca de ideias e a colaboração em estudos econômicos que queremos estimular criam bases para uma sinergia setorial com ganhos para as empresas de todos os países. Essa é uma das nossas principais metas, além do fomento ao crescimento do setor e a defesa dos interesses da indústria gráfica latino-americana.
Como a entidade vem se preparando para atingir esses objetivos?
Nos últimos dois anos, a Conlatingraf realizou ajustes internos importantes, reestruturando aspectos operacionais e financeiros e facilitando o acesso de todas as nações do bloco à entidade. Criamos vice-presidências de Capacitação, Concurso, Marketing e Comunicação, Legal e Jurídica e de Estatísticas e Estudos de Planejamento e Economia. Essas mudanças ampliaram nossa representatividade e capacidade de articulação, contribuindo para reforçar o protagonismo da região no cenário global.
O que motivou essa reestruturação?
Temos hoje um mercado mundial em desequilíbrio, e a Conlatingraf promoveu um processo estratégico de reorganização interna para atuar como uma entidade fortalecida em um momento crítico. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) acaba de revisar de 2,7% para 2,2% a projeção de crescimento da região para o próximo ano – e parte desse rebaixamento de expectativa é causada por desaquecimentos nos mercados internos.
O que estará na pauta da nova equipe de gestão?
A atual administração tem como compromisso manter em foco cinco metas principais: a continuidade do processo de realinhamento institucional e estabilização financeira; a criação de um banco de dados que permita retratar em números a indústria gráfica latino-americana, com precisão e atualidade; a extensão da oferta de treinamentos operacionais e de gestão por ensino à distância; a atualização do site da entidade; e a ampliação do alcance e da representatividade do prêmio Theobaldo de Nigris de excelência gráfica.