04 de fevereiro de 2016
Elevado aumento no preço do papel pode encarecer livros, cadernos e embalagens de alimentos e remédios, dentre outros produtos gráficos
Majoração do principal insumo da indústria gráfica pode ter impacto nos preços de numerosos produtos, em prejuízo dos consumidores e da luta contra a inflação.
Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), Levi Ceregato, encaminhou cartas aos dirigentes das entidades IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores) e Andipa (Associação Nacional dos Distribuidores de Papel), manifestando a preocupação do setor com o aumento de 24% do insumo, a partir deste mês. “Os principais prejudicados serão os consumidores e a sociedade, pois o impacto será direto nos preços de itens fundamentais, como livros, revistas e embalagens de papel-cartão, amplamente utilizadas em medicamentos e alimentos”.
Em sua carta, Levi Ceregato lembra que a nova majoração do papel segue-se a reajuste de aproximadamente 12% em 2015. “Assim, torna-se demasiadamente oneroso o custo produtivo da indústria gráfica, num momento de recessão econômica e retração dos mercados”.
O presidente da Abigraf Nacional também pondera: “É preciso considerar, ainda, que se mantém o imposto de importação e que o dólar elevado dificulta as compras externas do insumo. Nesse contexto, as gráficas ficam sem alternativas para buscar matéria-prima a preços capazes de impedir o reajuste dos impressos, em prejuízo da sociedade”.