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18 de setembro de 2013

Encontro Nacional de Sindicatos reitera manifesto pela competitividade da indústria gráfica

Indústria gráfica pede desoneração da folha de pagamentos, isenção do IPI para materiais escolares e outras medidas para estimular a produção

Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação

Dirigentes de entidades sindicais do parque impressor nacional, da maioria dos estados brasileiros, reiteraram manifesto do setor em prol da recuperação da sua competitividade, afetada pela concorrência desigual de empresas estrangeiras, principalmente da China. Durante o I Encontro Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica, realizado nesta segunda-feira (16/9), em São Paulo, o presidente do Sindigraf-SP, Fabio Arruda Mortara, repassou os principais pontos necessários à recuperação do setor:

Desoneração da folha de pagamentos; Isenção do IPI para os materiais escolares; alíquota zero do PIS/Cofins para a atividade de impressão de livros; adoção de margem de preferência quando das compras de materias gráficos pelo setor público, incluindo as obras adquiridas pelo governo no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); fiscalização eficaz do uso indevido do papel imune e fim da bitributação do ICMS e ISS.

“A indústria gráfica brasileira exige uma resposta do poder público, pois é geradora de mão de obra intensiva e imprime/fabrica itens essenciais para a sociedade, como livros, jornais, revistas, cadernos, embalagens de alimentos e remédios! O setor não pode resignar-se ao real risco de extinção, que seria imensa perda para o Brasil, incluindo o sustento digno das famílias de 220 mil trabalhadores e mais de 40 mil empresários, que atuam nas cerca de 20 mil gráficas existentes no País”, afirmou Mortara.


90 anos do Sindigraf-SP

O I Encontro Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica também discutiu questões específicas dessas entidades, dentre elas a interação com as representações dos trabalhadores. Realizado, ao longo de todo o dia, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o evento teve na sequência, à noite, cerimônia de posse das novas diretorias do Sindigraf-SP e da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG).

Na ocasião, foi lançado o selo comemorativo às nove décadas de atuação do Sindigraf-SP. Elaborado em parceria com os Correios, o selo traz imagens de vários cartões postais da cidade de São Paulo. A entidade é uma das mais antigas representações classistas do Brasil, tendo sido criada em 1923.


Palestras

O I Encontro Nacional de Sindicatos da Indústria Gráfica teve nove palestras:

• O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15a Região, Flávio Cooper, falou sobre as “Relações capital-trabalho, como aprimorá-las?”, mostrando que trabalhando em grupo, com entendimento entre empresários e funcionários, é possível alcançar altos níveis empresariais.

• A consultora de economia Zeina Latif, apresentou o “Cenário Econômico e a Indústria Gráfica”, com o baixo crescimento do PIB brasileiro e a situação econômica de países em desenvolvimento.

• Paulo Henrique Schoeuri, diretor da Central de Serviços da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), falou sobre “Planejamento estratégico sindical”, que permite a organização de suas ações estratégicas e estabelecer metas individuais e em equipe.

• Reinaldo Espinosa, presidente do Conselho da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica), abordou o tema “Integração & Inovação, Capacitação & Produtividade e os desafios da indústria gráfica” que ressaltou a importância de encontros como o realizado.

• Fabio Arruda Mortara, representando também a Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) palestrou sobre os “Pleitos e propostas da indústria gráfica nacional” e as questões estratégicas nas atuais circustâncias políticas.

• Sérgio Juchem, advogado e negociador empresarial, falou sobre “Negociação coletiva”, apresentando a estrutura sindical em vigor no País e alguns pontos discutidos nas negociações de trabalho, como reajuste e piso salarial, aumento real, cesta básica, banco de horas, etc.

• Nílsea Borelli, gerente jurídica do Sindigraf-SP, explicou o “Sindigraf-SP: roteiro de convenção coletiva” e como é feito o trabalho com o acompanhamento das negociações de sindicatos de categorias conexas e diversas.

• O engenheiro Fabio Pauli apresentou os “Aspectos e implementação da NR-12”, norma de segurança no trabalho que exige adequações e gera controvérsias pelo fato de muitos parques gráficos possuírem equipamentos antigos e que, geralmente, não são adaptáveis.

• Por fim, o antropólogo Luiz Marins, destacou a “Gestão eficaz e desafios de vendas no novo mercado competitivo”, apresentando um panorama das estimativas de crescimento econômico/populacional dos países emergentes nos próximos anos, a velocidade das mídias digitais sobre as mídias tradicionais e queixas sobre a competitividade em vários setores além da indústria gráfica.