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18 de novembro de 2013

Índice de confiança do empresário gráfico melhora, mas apresenta grande variação de acordo com o porte da empresa

Ricardo Viveiros - Oficina de Comunicação

Recentemente criada, a pesquisa Sondagem da Indústria Gráfica é um termômetro da confiança do empresário gráfico paulista, que melhorou entre setembro e outubro. Na medição feita, resultados abaixo de 50 indicam pessimismo em relação aos seis meses seguintes, e a indústria gráfica registrou, em outubro, média 53, contra 50, em setembro.

Quando se analisa o dado por porte de empresa, porém, há diferenças, sendo as menores consideravelmente mais pessimistas. Na última sondagem, as microempresas (até 9 funcionários) atingiram média 40,6; as pequenas (10 a 49 funcionários) 51,3; as médias (50 a 149 funcionários) 57,5; e as grandes (acima de 250 funcionários) 66,2. Em setembro, a média ficou, respectivamente, em 39,9; 47,5; 54,3; 58,9.

“É um resultado compreensível, já que as empresas de menor porte são mais afetadas pelo baixo crescimento econômico e pelo custo Brasil”, explica Levi Ceregato, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf-SP). A entidade é criadora da Sondagem, que conta com apoio do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo (Sindigraf-SP) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Os dados, apesar de regionais, são indicadores da tendência nacional, uma vez que São Paulo, com aproximadamente 7 mil gráficas e quase 100 mil trabalhadores, concentra cerca de 50% do PIB do setor.

Analisando os dados por segmento, as empresas de embalagens e de cadernos são as mais otimistas. Compreensível, uma vez que contam com empresas de maior porte, demandas menos elásticas e presença no mercado exportador. Já no quesito dinamismo, as pequenas sobressaem: 49% planejam adquirir máquinas e equipamentos em curto prazo e 78% querem investir na ampliação do negócio – no primeiro caso, são precedidas apenas pelas médias empresas (50% com intenções de investir) e, no segundo, pelas grandes (85% pretendendo ampliações).