14 de janeiro de 2014
Indústria gráfica está na contramão do crescimento do setor nos países emergentes e defende ajustes fiscais para domar a taxa de juros
Ricardo Viveiros - Oficina de Comunicação
15,8 pontos percentuais foi o tamanho do fosso que separou o desempenho da indústria gráfica brasileira (-9,3%) dos resultados alcançados pelo setor em outros países emergentes (alta de 6,5%). Os dados são da United Nations Industrial Development Organization (Unido) e, embora refiram-se ao terceiro trimestre de 2013, ilustram uma tendência que vem se mostrando constante desde 2011. Na avaliação do vice-presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Levi Ceregato, em um setor formado predominantemente por micro e pequenas empresas, responsáveis por 20% da produção brasileira, o custo-país é o grande vilão e, entre seus efeitos perversos, reduz a competitividade dos nossos produtos não só no mercado externo, mas também no doméstico. Tanto que, apesar de o Brasil ser um importante produtor de papel, as importações no setor seguem em alta. “A presumida alta de juros que o Banco Central deve aprovar nessa reunião de janeiro do Copom, ainda que necessária para domar a inflação, ameaça acentuar nossa diferença frente aos demais países emergentes. É hora de o governo perseguir uma agenda de maior austeridade na política fiscal e de redução nos gastos públicos, que permita ajustes modestos nas taxas de juros”, defende Ceregato.
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