Mercado de Impressão cai 3,7% no segundo trimestre de 2013 em volume

Queda nas vendas de equipamentos com tecnologia jato de tinta impactou negativamente o mercado

Rosa Arrais Comunicação

O mercado brasileiro de impressão registrou o volume de 910 mil equipamentos comercializados, no segundo trimestre de 2013, o que representou uma queda de 3.7% em relação ao primeiro trimestre desse ano e 24.5% em relação ao mesmo período de 2012. É o que apontam os dados consolidados da IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Os equipamentos jato de tinta representaram 70% de todo o volume e apresentaram uma queda de 8.5% em relação ao primeiro trimestre de 2013.

Segundo Diego Silva, analista da IDC Brasil, o mercado jato de tinta está se readequando aos novos patamares de demanda no Brasil. “A movimentação dos fabricantes após a crise de 2008, por um lado garantiu os excelentes volumes de vendas, mas, por outro, condicionou a demanda a faixas de preços extremamente baixas”, diz. Além disso, a grande oferta de suprimentos não originais acabou forçando os fabricantes a repensarem suas estratégias.

O foco de atuação também está migrando, apontou o estudo. Antes os equipamentos jato de tinta buscavam atingir principalmente os segmentos de usuários domésticos/profissionais liberais. Agora, com as linhas “business inkjet”, os equipamentos estão cada vez mais robustos, com funções e aplicações mais abrangentes, visando também usuários corporativos de pequenas e médias empresas.

A oferta de produtos wi-fi é um dos fatores que impactaram positivamente o mercado, uma vez que a mobilidade (tablets, smartphones e notebooks) nos segmentos doméstico e de pequenas empresas tem crescido de forma exponencial no Brasil.

No mercado de equipamentos laser o volume de vendas foi 11.9% maior em relação ao primeiro trimestre de 2013. “Mesmo com o segmento corporativo dando sinais de atenção e postergando seus investimentos em TI de uma forma geral, em decorrências das constantes oscilações cambiais, a expectativa da IDC é que o mercado se mantenha aquecido nos próximos trimestres, não só na comercialização de hardware de impressão, como também no segmento de serviços de impressão” ressalta Diego.

A IDC identificou ainda que o modelo de negócio para a maioria dos fabricantes de equipamentos laser passa por uma transição. Segundo o estudo, não é mais saudável financeiramente manter a operação somente com a venda de hardware e suprimento. “É necessário realizar também a integração da oferta de serviços de impressão, seja de forma direta, seja via parceiros” analisa.

“Crescendo de forma constante nos últimos anos e demonstrando maturidade, o mercado de serviços gerenciados de impressão (MPS) é uma excelente oportunidade para as empresas que buscam não só a redução de custos, como também a otimização dos processos”, finaliza Silva.

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