23 de agosto de 2018
Indústria gráfica prevê recuo em pleno ano eleitoral
Setor estima uma queda de 30% a 50% da demanda neste ano
FIES
Ano eleitoral sempre foi visto com boas perspectivas para a indústria gráfica no Brasil. Mas, mudanças na legislação e o advento da ampla divulgação das candidaturas por meio das redes sociais, causam preocupações no setor. Uma queda de 30% a 50% da demanda, em comparação aos pleitos anteriores, é esperada pelos empresários do segmento. Um dos principais entraves para esse recuo também é a campanha política durar apenas 45 dias.
Mesmo com tantos fatores jogando contra, o empresário do setor ainda espera obter bons resultados através da inovação e na busca por novas formas de atender aos clientes. “Apesar de tantas mudanças, o político não deixará totalmente de lado a produção de santinhos, folderes, cartazes e outras peças de divulgação de suas plataformas de governo. Agora que a campanha já iniciou, espero uma maior procura às nossas indústrias gráficas e que tenhamos um segundo semestre produtivo”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de Sergipe (SIGES), Walter Castro.
Alta desenfreada da matéria-prima, na cotação elevada da celulose, e o dólar beirando os R$ 4 são outros fatores que fazem a indústria gráfica patinar em 2018. Uma redução na carga tributária seria uma medida interessante para aquecer o mercado, mas, no instável momento em que o país vive dificilmente isso será colocado em voga no curto prazo.
Enquanto o empresariado do setor busca alternativas para sobreviver no concorrido mercado, por meio da dificuldade de conseguir capital para investir na fábrica, além de criar inovações capazes de atrair cada vez mais clientes sem perder a qualidade, diminuindo o tempo de entrega e trabalhando num pós-venda junto aos seus compradores. Assim, a indústria gráfica segue sua toada da sobrevivência no Brasil atual.