Papel fundamental para a civilização
Levi Ceregato
Desde sua remota invenção na China, por volta do ano 100, seu desenvolvimento pelos árabes e toda a sua saga na história, o papel é uma das criações mais importantes da humanidade. Tanto assim, que é um dos poucos insumos jamais substituídos ao longo do processo da evolução tecnológica. Dentre todas as suas aplicações, sem dúvida, a mais relevante refere-se à indústria gráfica.
O papel tornou possível que a comunicação deixasse de ser um privilégio e se tornasse um dos fatores decisivos do desenvolvimento das ciências, das artes, da democratização do conhecimento, do ensino e, portanto, do avanço da civilização. Ao possibilitarem a guarda secular de informações e sua ampla disseminação, os impressos deram uma nova dinâmica ao avanço dos povos e dos indivíduos.
Especialmente após o advento dos tipos móveis, criados pelo alemão Gutenberg, há cerca de 550 anos, a comunicação gráfica alinhou-se, sem qualquer exagero, aos fatores mais importantes do progresso, possibilitando que número cada vez maior de pessoas, instituições, empresas e governos tivesse acesso e compartilhasse volume cada vez maior de informações e dados. O papel, nesse contexto, vem sendo a grande mídia da evolução.
Hoje, suas aplicações na indústria gráfica, ante o grande avanço tecnológico do setor, são ilimitadas. Jornais, revistas, livros, cadernos, talões de cheques, cartões de crédito, embalagens de papel cartão, manuais de automóveis e equipamentos eletrônicos, cartazes, bulas de remédios e uma infinidade de outros impressos cumprem missão exponencial como vetores de informação e no atendimento a demandas de imensa importância.
São produtos muito atuais que, como nenhum outro, interagem cotidianamente com os indivíduos, nas escolas, no trabalho, na rua, no lazer, nos lares e nas mais distintas situações. A comunicação gráfica é imprescindível em todas as suas vertentes. As embalagens de papel cartão, por exemplo, facilitam a identificação e compra dos mais diferentes produtos, funcionam como uma das peças proativas do marketing e da propaganda, possibilitam a impressão de imagens e textos ilustrativos e informativos sobre os itens consumidos e favorecem muito a logística, pois seus formatos são muito adequados à concepção moderna de transporte e disposição nas gôndolas e prateleiras dos estabelecimentos varejistas.
As entidades de classe do setor gráfico têm buscado disseminar a consciência sobre o elevado significado da comunicação impressa para a sociedade, de modo que, cada vez mais, se entenda e se valorize o papel impresso. Sobre ele, com certeza, inscreveu-se a história da civilização contemporânea e a ele está reservada missão decisiva no presente e no futuro.
Fonte: www.revistafator.com.br - Acesso em 2 de dezembro de 2012.
* Levi Ceregato, presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica-SP).